Você sabe o que é simetria?
Bom, até pra quem nunca ouviu falar, certamente, em algum momento da vida, já desejou tê-la. Mas, como eu digo no título deste artigo, alcançar a simetria é um sonho praticamente impossível de se realizar. E olha que não estou falando dos limites da Harmonização Facial. Estou falando dos limites da própria ciência!
Então pra não parecer que falo de uma coisa completamente abstrata, vou trazer um exemplo interessante do que é simetria.
Em 2012, um concurso de beleza com mais de 8 mil participantes elegeu a jovem britânica Florence Colgate, então com 18 anos, como a dona do rosto mais perfeito de todo o Reino Unido. Antes que você questione, ela não tem qualquer vínculo com a marca de creme dental, ok?
E o que havia, afinal, de tão especial na moça?
Primeiro, o fato de que o concurso que ela disputou tinha uma regra inusitada: era rigorosamente proibido que as participantes usassem qualquer tipo de maquiagem ou cirurgia plástica. Todas tinham rostos em condições naturais, e quando eu digo naturais, era sem nem mesmo àquele direito sagrado de passar um batom básico.
Em segundo lugar, a conclusão a que chegaram pesquisadores que acompanharam a disputa: Florence tinha, entre todas as concorrentes, o rosto com maiores características de simetria. Além disso, apresentava “olhos largos, maçãs do rosto salientes, lábios carnudos e uma pele lisa”, conforme descreveu uma psicóloga da Universidade de Saint Andrews.
Para ler a matéria completa sobre Florence Colgate, clique aqui.
Numa definição bem simplificada, simetria significa semelhança entre um conjunto A e um conjunto B – ou, de uma maneira ainda mais didática, o máximo de semelhança entre um objeto e seu reflexo.
Imagine então o nosso corpo sendo dividido inteiramente ao meio por uma linha vertical. Quanto mais similares forem as duas partes – no caso, a da direita e a da esquerda –, maior a simetria entre elas.
Diversos estudos científicos, como aquele observado sobre Florence Colgate, já concluíram que a beleza, sob o olhar humano, tem relação direta com a simetria. Quanto mais harmônicos e equilibrados forem os traços de uma pessoa, revelando assim mais simetria, maior será a concepção de beleza em torno dela.
O problema é que o corpo humano é naturalmente assimétrico, e isso explica, sob o ponto de vista científico, por que não existe ser humano visualmente perfeito – por mais belo que possa parecer.
A Harmonização Facial, assim como qualquer outro procedimento estético, não trabalha o corpo num todo, mas apenas pontos específicos. O seu papel não é o de alcançar a simetria perfeita, mas de atenuar grandes assimetrias ou ainda de revelar pequenas simetrias, que ocasionalmente ficam ocultadas.
É possível alcançar a simetria exata num local antes assimétrico? É. Mas além de ser uma possibilidade raríssima (lembra do título?), também há de se considerar que isso não vai solucionar o todo.
Mais do que isso, mexer num ponto específico na tentativa de torná-lo simétrico pode acabar interferindo em outras partes bem equilibradas. Até porque nosso corpo, com suas imperfeições, é isto mesmo: um conjunto de partes interdependentes, e conectadas de forma minimamente harmoniosa. Dependendo do grau de intervenção, mexer numa dessas partes pode interferir diretamente em outra.
Por isso, bem mais fácil que falar de simetria é encontrarmos exemplos de assimetria. E uma pesquisa rápida na internet pode te levar a conhecer casos até bizarros de pessoas que investiram rios de dinheiro em cirurgias com a esperança de ganhar um rosto totalmente simétrico. Claro, sem sucesso.
É importante que você respeite e valorize o seu corpo, em todos os seus aspectos, para que também compreenda a real função do que a Harmonização Facial pode fazer para melhorá-lo. Quando digo que isso é ciência, e não um milagre, significa que obedecer aos limites da relação de simetria / assimetria faz parte do nosso papel. Aliás, sem esse equilíbrio não existe Harmonização.