
No imaginário de muita gente que não entende nada de harmonização facial, a visão que se tem do uso de ácido hialurônico e principalmente do Botox é de uma má fama que não condiz com a realidade de quem respeita os limites.
O estereótipo pra essas pessoas costuma ser os rostos bem próximos do que podemos chamar de deformação mesmo. Geralmente, são partes específicas da face bastante desfiguradas, exageradas, excedendo todo o restante do conjunto.
O motivo principal dessas deformações é a quantidade dos produtos utilizados, tanto dos preenchedores quanto do Botox. Em excesso, eles podem acabar ocasionando resultados bem desagradáveis.
Muito provavelmente você já viu na internet alguns desses casos, particularmente entre várias celebridades. Geralmente, as partes mais “destacadas”, se é que podemos classificar desta forma, são a boca, a mandíbula, a maçã do rosto e o entorno dos olhos. As deformações da boca e da mandíbula, entre outras partes, se dão pelo excesso de substâncias preenchedoras.
A parte que não fica bem compreendida a essas pessoas é que a aplicação de Botox e de ácido hialurônico consiste em vários procedimentos que, juntos, são chamados de harmonização facial. Eu disse harmonização – que vem de harmonia, e que pressupõe também coerência, lucidez, etc. O que, convenhamos, não tem nada a ver com esses casos que eu citei, dentre tantos outros.
A culpa é de quem?
Falando de forma direta: a responsabilidade das substâncias usadas na harmonização facial é próxima de zero! Os casos de deformação geralmente não aconteceram por problemas nas substâncias utilizadas. A culpa é, quase sempre, do profissional que aplica uma quantidade tão excessiva que acaba produzindo efeitos colaterais graves no rosto dos pacientes.
Eu, como ninguém, sei que há muitos casos em que o paciente, ignorando os riscos, toma a iniciativa de pedir ao profissional que aplique uma dosagem extra. Mas cabe ao profissional responsável não ceder aos pedidos. Antes de atender aos caprichos estéticos, ele tem compromisso com a saúde de quem vai até a sua clínica.
Deformação reversível?
O Botox e o ácido hialurônico são as substâncias mais populares usadas na harmonização facial. No caso do ácido, ele é um preenchedor temporário, ou seja, desaparece com o tempo e o rosto volta ao normal. Diferentemente do PMMA, que é um preenchedor definitivo, amplamente usado na década de 80. Ele não desaparece com o tempo. Somente se remove através de cirurgia, e ainda assim há casos e casos – se for possível ainda.
Além disso, é claro, tem quem se arrisque em cirurgias plásticas bastante ousadas. Exemplo disso são a ex-modelo Gretchen e a estilista italiana Donatella Versace, entre outras celebridades. Por essa entre outras razões, o rosto delas, em particular, não voltaram mais ao normal.
Não sendo esses os caminhos, a deformação é reversível, para a sorte de quem sofre nas mãos de maus profissionais ou que se propõem a aventurar perigosamente pelo mundo das cirurgias, do Botox e do ácido hialurônico.
Essas substâncias são absorvidas pelo organismo e vão perdendo o efeito, que pode levar de 4 meses a dois anos, dependendo da área de aplicação. É um tempo considerável, mas passa.
O jeito certo é respeitar as regras
A melhor forma de evitar riscos à saúde e danos à integridade física do paciente é o bom senso. O profissional deve ter pleno domínio da quantidade a ser aplicada em cada paciente, e este deve obedecer às recomendações sanitárias para aplicação das substâncias.
Há casos de pirataria dos produtos, mas a observância à qualidade, à procedência, ao prazo de validade e a outros quesitos são de competência do profissional. Ele deve ser o primeiro a prezar pela saúde de quem confia no seu trabalho.
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