Publicado em 27/06/2020
Quando falamos em hidratação, logo vem à nossa cabeça a imagem de uma pele lisinha, macia, sedosa, livre de qualquer vestígio de ressecamento, certo? Essa sensação de ter a pele aveludada é, sem dúvida, o sonho de todo mundo. E é curioso saber que nosso organismo precisa de uma única substância pra se manter hidratado: a água.
A água, aliás, está atrelada à nossa vida, desde o nascimento até a morte, e sua presença no organismo tem relação direta com o processo natural de envelhecimento pelo qual passamos. Para se ter uma ideia, um bebê recém-nascido apresenta nada menos que 90% de água em sua composição.
Esse percentual diminui gradativamente, à medida que o indivíduo vai se desenvolvendo.
Num ser humano adulto, a água corresponde, em média, a algo entre 55 e 60%, e, a partir dos 60 anos, essa estimativa cai para 50%.
É claro que alguns fatores interferem nesse cálculo: o peso, a altura, o sexo, os hábitos alimentares… Mas o importante é saber que no fim das contas tudo converte para a busca incessante pela hidratação.
Pensando nisso, não é nenhum exagero nem utopia dizer que a fonte da juventude existe: ela é a própria água.
A indústria de cosméticos avançou muito no sentido de tentar alcançar essa fonte, e prova disso são os incontáveis cremes hidratantes para manter o corpo com o máximo de água possível. Porém, por mais hidratada que seja sua pele, é impossível que se consiga fazê-la voltar a ter o teor da de um bebê ou mesmo de uma criança, por exemplo. Isso seria algo inimaginável – e, na minha opinião, até inconveniente.
Mas apesar de ser algo aparentemente simples e acessível, precisamos considerar a funcionalidade da água nesse processo de hidratação. Se você ainda não entendeu o que quero dizer, acredite: há diferentes tipos de água, e com funções distintas dentro do organismo. Neste post, falo sobre a água micelar e a água termal. Há diferenças importantes, sobre as quais você precisa saber ao falar em hidratação.
Água micelar
A água micelar recebe esse nome porque é constituída por micelas, estruturas que têm a capacidade de penetrar na pele e eliminar os resíduos internos.
Além disso, elas equilibram o pH e removem o excesso de oleosidade, e são capazes de acalmar a pele, suavizando irritações e até pequenas feridas, por exemplo.
O fato de não ter álcool nem corante em sua composição torna o uso da água micelar bem agradável, inclusive pra quem tem a pele sensível. A sensação de frescor é realmente muito atraente entre as pessoas que utilizam o produto.
Daí, portanto, dizemos que a água micelar é excelente para a limpeza da pele.
Água termal
O nome água termal faz referência às estações termais francesas de onde ela é extraída, e isso talvez ajude a explicar por que elas não são tãããão baratinhas. Mas posso dizer com propriedade: vale cada centavo! O principal segredo da água termal está na quantidade de minerais presentes na substância. Nela estão presentes elementos como magnésio, ferro, cálcio, boro, flúor, silício, manganês e potássio.
Ufa! É muita coisa!
E qual o resultado dessa miscelânea na pele? A capacidade de nutri-la com vários elementos importantes e de aliviar e cicatrizar irritações cutâneas, além de protegê-la de qualquer tipo de clima desfavorável. Sob o sol, por exemplo, a água termal turbina a capacidade do protetor solar, e em lugares fechados e climatizados, ela ajuda a evitar o ressecamento.
Qual delas usar?
A resposta a essa pergunta, feita lá no título, vai depender do que você deseja. Se for pra limpar a pele, extrair impurezas ou produtos, não pense duas vezes: faça uso da água micelar. Aliás, falei há pouco tempo sobre o tratamento ideal para quem sofre com as acnes (confira aqui). Pode incluir a água micelar como uma alternativa interessante pra quem sofre com os cravos e as espinhas.
Por outro lado, se sua pele precisa é de algo que proporcione alívio e sensação de frescor, a água termal pode ser um colaborador e tanto.
Já experimentou alguma das duas? Me conte suas experiências com esses produtos!