Publicado em 18/06/2020

A estratégia do tratamento contra o melasma é complexa: nós temos de cercá-lo de todos os lados
Recentemente eu trouxe aqui mesmo, no blog, os conceitos de melasma e os principais perfis de pessoas que sofrem com a doença – com maior freqüência, pessoas que passam por alterações hormonais – mulheres que fazem uso de anticoncepcional ou que estão em período menstrual ou gestacional. Mas o tema e as dúvidas em torno dele são tão recorrentes que, para não fazer confusão, resolvi tratá-lo em duas partes.
O principal motivo pra isso é a abordagem de cada uma delas. No primeiro texto eu expliquei o que é o melasma e o que não usar para tratá-lo. Agora, vou falar de cuidados do dia-a-dia que ajudam a combater a doença, bem como das técnicas que utilizo na clínica que podem retirar a mancha do seu corpo.
Confira só:
Cuidados para o dia-a-dia
O melasma é uma pigmentação multifatorial, ou seja, pode ser ativado por diferentes fatores. O excesso de exposição ao sol e ao calor, os picos hormonais, condições genéticas, ação dos vasos sanguíneos, problemas inflamatórios, destruição do colágeno, problemas com as barreiras de proteção da pele e falta de antioxidantes no organismo ajudam a explicar bem o surgimento de um melasma na pele.
Com base nisso, um dos recursos mais comuns e eficazes é o uso constante do protetor solar contra raios UVA que tenham fator acima de 30 ou mais. Isso porque a radiação e a exposição à luz natural ou artificial são estimulantes à produção de melanina. E aí aproveito para lembrar que o melasma nada mais é que a produção de forma desordenada e desorganizada da produção de melanina, ativada por um ou vários motivos, que vêm repercutir em manchas marrons na superfície da pele. O protetor, então, age como uma barreira, evitando a agressão dos raios solares, que é um dos fatores desencadeantes ou intensificadores das manchas.
Muita gente, porém, associa o uso do protetor solar ao verão, ao sol forte e às altas temperaturas. Engano. A aplicação deve acontecer sob qualquer clima, mesmo num dia de chuva, porque a claridade, naturalmente, emite radiação, ativando a melanina.
Outros recursos bem conhecidos que ajudam a proteger a pele: usar roupas de manga comprida, óculos de sol, chapéus / bonés / viseiras, dentre outros apetrechos.
Por outro lado…
Não se pode concentrar todas as ações preventivas contra o melasma apenas no uso do protetor solar ou nos clareadores de pele. Isoladamente, eles não resolvem o problema. O jeito é tentar se cercar o máximo possível de todos os cuidados que tenham relação com as causas, e é esse o procedimento adotado na clínica.
No consultório, trabalhamos o problema em duas fases:
1ª fase (fase de ataque) – quando as manchas ainda estão ativas: esta etapa pode variar de 4 a 6 meses, dependendo do grau do melasma;
2ª fase (manutenção) – quando as manchas já estão controladas: pode durar até 24 meses.
Como você pode ver, o tratamento não é milagroso. Mais do que isso, não é imediato. Não é uma simples ida à clínica que fará você se livrar do melasma. É um processo relativamente lento, mas eficaz justamente por ser abrangente.
Por outro lado, os graus de complexidade das manchas são tão variáveis de um paciente para outro que não seria o caso de eu simplesmente dizer que um procedimento específico é o mesmo para qualquer pessoa.
Não é.
Não existe um tratamento padrão.
Ao combater a doença, atuamos em diversas frentes. Tanto é que seus cuidados consistem no uso de medicamentos orais e tópicos, que são prescritos de acordo com o grau da doença. Ou seja, nossa atuação se dá considerando diversas causas e possibilidades.
Se quiser saber como está o estágio do seu melasma, procure um profissional habilitado. Estou à sua disposição pra conversar.